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5 lições que as empresas de turismo corporativo tiraram da Copa

by admin on 25 de março de 2015 , Comentários desativados em 5 lições que as empresas de turismo corporativo tiraram da Copa

A Copa do Mundo no Brasil foi um evento cheio de surpresas, dentro e fora de campo. O impacto econômico geral do evento parece ter sido pequeno – bares faturaram alto e o turismo estrangeiro foi recorde, mas a indústria e o setor automotivo pisaram no freio – e não houve o caos nos aeroportos que muitos esperavam. Já o setor de viagens corporativas começou o ano com um conjunto de expectativas e ao soar do apito viu outro resultado. Confira a seguir 5 lições que as empresas de turismo corporativo tiraram da Copa.


 

O ano foi melhor que se esperava para o setor

As previsões do turismo corporativo publicadas em fevereiro de 2014 eram bem pessimistas. Pesquisa da Associação Latino-Americana de Gestores de Eventos e Viagens Corporativas (Alagev) indicava que quase 70% de seus clientes adotariam medidas restritivas durante a Copa, incluindo quase 30% que só pretendiam realizar viagens emergenciais no período. E um quarto das empresas desenhou as agendas corporativas excluindo completamente o período da Copa.

Porém, em maio, há um mês do Mundial, o cenário já não parecia tão complexo. Aqueles que ofereceram descontos viram aumentar o volume de viagens. Uma só empresa de receptivos contou 7.000 visitantes corporativos durante a Copa – cada um deles ficou de três a cinco dias no Brasil, e, além dos jogos, foram também a festas, passeios e convenções de vendas.

De fato, para Marcelo Freire, presidente do Instituto de Pesquisas, Estudos e Capacitação e Turismo (Ipeturis), as viagens corporativas estão segurando o setor neste ano, que está abalado pela queda nas vendas dos pacotes de inverno.

O turismo corporativo se recuperou mais rápido que o de lazer

A Copa, em grande medida, ajudou o brasileiro a conhecer o Brasil. As agências de turismo apostam principalmente no segmento doméstico para fechar o ano com crescimento de 8%. O evento represou parte da demanda e quem não viajou no inverno pode querer fazê-lo agora. Já o turismo corporativo se recuperou mais rapidamente e espera crescer 10%, segundo Gervasio Tanabe, diretor executivo da Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas (Abracorp). No começo do ano a projeção era por volta de 12%.

A flexibilidade trouxe resultados

Hotéis e outras empresas com um mix de serviços aproveitaram melhor os tempos turbulentos da Copa. Veja o exemplo do Grande Hotel Campos do Jordão (SP): em 2013, 55% de seu faturamento veio do setor corporativo e 45% do lazer, enquanto no primeiro semestre de 2014, apesar da inversão da equação por causa da queda dos eventos corporativos, houve incremento de 6% na receita por quarto disponível (Revpar). Já em Uberlândia (MG), o número de eventos corporativos no primeiro semestre caiu mais da metade. A ocupação dos hotéis, que beirava os 70%, não chegou a 50%. Quem não tinha um plano B ou uma carta na manga, portanto, sofreu mais.

As Olimpíadas trarão novas oportunidades

A Copa teve 12 cidades-sede, mas as Olimpíadas acontecerão apenas no Rio. Certo? Errado! Enquanto do Mundial de Futebol participaram apenas 32 seleções, virão para as Olimpíadas mais de 200 delegações de todo o mundo, muitas das quais vão se instalar em outros estados. Até mesmo Uberlândia, aquela cidade cujo turismo corporativo sofreu com a Copa, se prepara para receber a comissão da Irlanda. Por isso, para o segmento corporativo o atendimento da logística de turismo de delegações pode ser uma oportunidade para as Olimpíadas do Rio em 2016.

Empresas e delegações estrangeiras desembarcarão ao longo de 2016 sedentas por passeios, oportunidades, concierges, intérpretes e outros serviços. Quem se planejar, vai aproveitar. E você, já está se preparando? Compartilhe as suas opiniões e experiências utilizando os comentários!

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